terça-feira, 17 de julho de 2012

A Política nas Igrejas e o voto consciente.

A política é um tema que dentro das igrejas, de uma forma ou de outra, tem tomado proporções e consequências cada vez mais notórias. É bem verdade que boa parte dos membros ainda defedem a tese de que "política não ficou pra crente", afirmativa sustentada quase sempre em virtude do descrédito provocado pelos "escândalos" que todos os dias são estampados nos jornais envolvendo os detentores de cargos políticos. Mas cabe aquí um pequeno contraponto, um dos conceitos mais simples e que representa bem a idéia de política em suas raízes(séc. IV a.c) é o seguinte: política é a arte ou ciência do governo, ou seja, é uma relação direta de poder do homem sobre a natureza e do homem sobre o próprio homem!

Dessa forma, como podemos ser indiferentes quando o assunto é política se a mesma é a estrutura que mantém a existência até mesmo das igrejas enquanto instituições e organizações ecléticas? Por acaso não somos conduzidos por um Pastor, um Dirigente, Coordenador, Diácono? De certa forma somos orientados, existe hierarquia, existem restrições assim como punições etc.. A política faz parte da prática humana nas mais diversas esferas, o que acontece é que reduzimos automaticamente a idéia de política a cargos e funções do Estado bem como às "brigas" e  trocas de insultos entre os candidatos.

Levando em consideração o fato de a política interferir na vida de todos nós, é fácil concluir que não é conveniente para ninguém ser completamente ignorante em matéria de política, pois quem não se interessa acaba sendo governado por quem tem interesse. O pleito deste ano se aproxima e é bom que o "crente"(eleitor) fique atento e faça parte deste processo.

Falando do assunto no âmbito das igrejas, todos sabemos que a(s) "liderança"(s) te(ê)m o costume de "apontar" os canditatos da igreja, candidatos estes que quase sempre visitam seus eleitores(congregados), isso quando se dispões, às vésperas das eleições. Canditatos que a maioria nunca viu, a não ser por fotos, e nem sequer ouviu algum pronunciamento onde expuseram seus objetivos, suas propostas. Parece que os irmãos têm a obrigação de votar no candidato escolhido(ditado) pela "liderança" pelo simples fato de o mesmo ser "crente"da mesma denominação!

Na minha humilde opinião acho que os nossos líderes podem e devem dar suas contribuições no processo eleitoral, fazendo com que seus membros desenvolvam o hábito de buscar informações sobre o contexto político de sua cidade, de seu país, ensinando-os a votar de forma cosciente, orientando-os a cobrar e acompanhar seus candidatos e até mesmo trazendo informações referentes às atividades e ao trabalho desenvolvido por eles no exercício do mandato.

Em resumo, acredito que os líderes têm o papel fundamental de instruir, instigar, informar, jamais exigir! Deixar que o crente(eleitor) construa sua própria opinião, afinal essa nossa capacidade de utilizar a razão e estabelecer juízo de valores é que nos diferencia das demais espécies.


Bom pleito!

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